Você O viu? – Parte 2 – Vivifica-nos

vivifica-nosTexto: Ezequiel 36-37

Introdução: Semana passada conversamos sobre o privilégio de vivermos nesse momento da história de Deus e como devemos assumir uma postura responsável e não passiva diante de tamanha salvação que nos alcançou. Vamos lembrar a passagem em Hebreus 2:

“Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos. Porque se a mensagem transmitida por anjos provou a sua firmeza, e toda transgressão e desobediência recebeu a devida punição, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram.” Hebreus 2:1-3

Hoje vamos conversar sobre a necessidade e uma resposta madura ao que ouvimos e creio que essa resposta tem tudo a ver com um avivamento, mas particularmente um avivamento pessoal. Veja o que esse pastor disse sobre o Avivamento:

“É uma experiência na vida da Igreja quando o Espírito Santo realiza uma obra incomum. Ele a realiza, primeiramente, entre os membros da Igreja: é um reviver dos crentes. Não se pode reviver algo que nunca teve vida; assim, por definição, o avivamento é primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertar de membros de igreja que se acham letárgicos (sono profundo), dormentes, quase moribundos”. Dr. Martin Loyd-Jones (pastor britânico)

O fato é que não existem igrejas “frias” ou “mornas” ou igrejas “espirituais” ou “cheias de poder”. O que existem são pessoas frias, mortas ou acomodadas espiritualmente.

CONTEXTO: Ezequiel está entre os Judeus exilados na Babilônia por 70 anos. Ele é contemporâneo de Jeremias e ao oposto do profeta Jeremias, Ezequiel traz uma mensagem de esperança e reconstrução para o povo.

O nome dele significa: “Deus dá força” ou “fortalecido por Deus”. A condição do povo da época de Ezequiel é a mesma nossa hoje?

  1. A nossa condição – Ezequiel 36:17-38

16-21 – Não acredito que as Palavras do Senhor através do profeta Ezequiel estão muito longe da nossa própria realidade. A pergunta que fica ecoando em minha mente é: Por que a boa noticia de Deus trazendo paz e reconciliação não alcança um maior numero de pessoas? A resposta: por causa do nosso testemunho entre as nações.

– Nunca se viu tanto crente no mundo e nunca se viu um mundo mais longe de Deus.

O legalismo vs. O evangelho

Eu poderia ficar aqui martelando na cabeça de vocês a importância de um bom testemunho, como devemos renunciar e aceitar a descriminação, a indiferença com uma indignação santa e etc., mas o fato é que isso não muda ninguém.

**Quando éramos crianças, adolescentes imaturos e sem juízo era sim necessário estabelecermos certos padrões através do uso da autoridade e tudo mais, mas fazer isso hoje é frustrante e cansativo.

Paulo diria assim a vocês: “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” 1 Coríntios 13:11

– Será que não chegou à hora de reconhecermos verdadeiramente que uma vida sem Deus é vazia, triste e sem sentido algum? Enquanto não despertarmos para essa necessidade não será possível encontrarmos paz.

O que o profeta Ezequiel está apontando aqui? Que há uma necessidade de nascermos de novo e tudo isso começa com Deus.

  1. O que precisamos parar viver isso? – Ezequiel 37

Vamos lembrar o nosso contexto e recordar que o povo estava sem esperança, habitando longe de Jerusalém, desanimados e achando que Deus os tinha abandonado.

Ezequiel tem uma visão de um vale cheio de ossos e Deus lhe pergunta: “Acaso pode esses ossos reviver?” e Ezequiel diz “Deus tu sabe todas as coisas e pode todas as coisas” e Deus manda o profeta pregar para os ossos e eles começam a tomar vida de forma tenebrosa.

Veja o versículo 8 agora… Eles estavam vivos, mas não estavam.

Deus diz a Ezequiel: Esse é o meu povo, Israel, a igreja. Eles acham que eu os abandonei e que não há mais esperança, mas eu abrirei à sepultura e te mostrareis quem eu sou.

Quando chegamos a esse estado, e pode ser o nosso hoje, precisamos e devemos e podemos pedir e clamar a Deus por avivamento. O Salmo 85 fala exatamente sobre isso. O povo cativo pede a Deus que volte a vivificá-los.

  1. Reconheça a sua necessidade por um avivamento pessoal; arrependimento – Sl 85

Não há como sermos revivados se não reconhecermos essa necessidade. Precisamos urgentemente entender que provavelmente estamos relaxados e mornos na fé, para que Deus possa produzir pelo o seu Espírito um avivamento que começa no quarto.

  1. a) É necessário reconhecer o nosso estado espiritual.

– E aí? Ta se relacionando com Deus de qualquer jeito?

Por exemplo: Durante o culto sai umas três vezes para ir ao banheiro, fica no WhatsApp fingindo que ta lendo a Bíblia, não tem deleite na Palavra de Deus.

– Ele é uma simples tarefa ou peso na sua agenda pessoal? Seu padrão moral e vida não se distinguem de ninguém lá fora? Mesma coisa?

– Seu compromisso com a oração e leitura Bíblica está no mesmo nível do seu compromisso com a internet ou entretenimento em geral? Quem está ganhando: Os filmes e seriados ou a Palavra de Deus?

– Seus filhos não se interessam por Deus ou as coisas de Deus? Por que será hein?

– Negocia qualquer coisa, faz esquema sem pensar duas vezes, mente sem nem notar, compromisso financeiro com a igreja é segundo plano, só pensa em si mesmo?

  1. Não permita que a religiosidade seque a sua relação com Deus.

Todos nós somos religiosos e enquanto não realizarmos isso não tem de onde começarmos a mudar esse estado. A questão principal é: Qual é o propósito da nossa religiosidade?

– Ela está protegendo a nossa fidelidade as Escrituras e sendo usado como guardareis para as nossas experiências ou ela é puramente estética e somente com forma sem conteúdo?

Exemplo: Lucas 18 – O Fariseu e o Publicano – Um tinha a forma o outro o conteúdo.

  1. Avivamento não quer dizer movimento.
  2. 8 – Repare que os ossos se moviam, se encaixavam, faziam barulho, mas tudo isso não passava de um movimento vazio, não havia o Espírito. Não tem nada de errado com movimento, o problema é um movimento vazio.

Por que você ora?

Por que você vai a igreja?

Por que você acredita em Deus?

Se você não sabe as respostas a essas perguntas provavelmente você está mais parecido com um religioso do que um seguidor de Jesus Cristo.

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